Se a paz é uma necessidade, ela é também um desafio.
Na sua obra "A Paz Perpétua", Kant dá-nos algumas sugestões para construirmos e vivermos a paz entre os povos. Mas o que de facto garante o começo da paz, e de uma paz duradoura, é a vontade real, autêntica de que ela exista. Um ditado popular diz "quando um não quer, dois não brigam", mas nem sempre conseguimos resistir às provocações alheias. É necessário um esforço adicional, um treino persistente para vencer o orgulho, a ideia de que temos sempre de vencer qualquer contenda. É a boa disposição com que enfrentamos o dia-a-dia e os muitos imprevistos que se nos deparam que nos permite estar preparados para agir e reagir da forma mais positiva. Saibamos poupar as energias da nossa agressividade para as pôr ao serviço das boas causas.
A Paz constrói-se nos pequenos esforços e renúncias do quotidiano.
Agora, que vem o Natal, quantas interrogações nos pode colocar o presépio. Para quem acredita na Encarnação de Deus, este é o maior dos desafios: se Deus não fosse Ele próprio Amor e perdão, como poderia suportar viver no meio de nós, tão cheios de pequenos/grandes ódios de estimação? Tão vazios, às vezes, de sentido para a vida, que até nos agarramos às nossas piores memórias para continuarmos a viver?
Que venha a Paz, uma Paz autêntica e que possamos nós fazer parte do grupo daqueles que começaram mais cedo a perceber que não temos alternativa senão construí-la.
1 comentário:
Helena, es un gusto estar en tu blog. Espero visitarme muy seguido. !Paz! !Feliz Navidad!
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